Vindo de família de músicos – seu avô, o maestro João Horta foi destaque entre os
compositores de música sacra e popular no período barroco mineiro – Toninho teve as
primeiras aulas de violão com sua mãe Geralda, que era bandolinista, e seu irmão Paulo
contrabaixista. Na adolescência compôs suas primeiras canções, acompanhando cantoras
na TV Itacolomy e se destacava entre os jovens músicos de sua geração. Morando no Rio
de Janeiro a partir dos anos 70, TONINHO HORTA se tornou bastante conhecido nas rodas
do meio artístico, sendo admirado por todos pela sua performance bem pessoal, quando
tocava a guitarra ou o violão e pelas composições inventivas com sofisticada harmonia.
No II Festival Internacional da Canção em 1967, promovido pela Rede Globo de Televisão
com direção artística de Augusto Marzagão, TONINHO HORTA foi finalista com as suas
músicas “Maria Madrugada” letra de Júnia Horta e “Nem é Carnaval” em parceria com
Márcio Borges. No IV Festival Internacional da Canção, em 1969, no mesmo esquema do
anterior, TONINHO HORTA novamente finalista com a música “Correntes” cuja letra de
Márcio Borges foi censurada, tendo que fazer algumas alterações. Em 1970 integrou a
banda de Elis Regina e participou da gravação do LP “Ela”. Em 1972 participou em várias
faixas no LP Clube da Esquina de Milton Nascimento com os seus amigos músicos e
compositores, numa variedade de instrumentos, violão, baixo, bateria, percussão e vocal.
Em 1974 integrou o grupo “Som Imaginário” que ao lado de Milton Nascimento e
orquestra gravaram o histórico álbum duplo ao vivo “Milagres dos Peixes”.
Dentre os nomes com os quais Toninho Horta já dividiu o palco, gravou e/ou excursionou,
estão: Pat Metheny, Flora Purim, Nana Caymmi, Maria Bethânia, Rudi Berger, Jack Lee, Gil
Goldstein, Ronnie Cuber, Nicola Stilo, Gal Costa, Djavan, Danilo Caymmi, Dori Caymmi,
Flávio Venturini, Joyce Moreno, Tom Lellis, Alaíde Costa, Wagner Tiso, Ivan Lins, Edu Lobo,
etc.
TONINHO HORTA leva na bagagem cerca de 30 discos gravados e já tocou e gravou com
músicos renomados em mais de 40 países. É considerado hoje um dos maiores guitarristas
de jazz do mundo, sendo muito aclamado e respeitado internacionalmente. Mais de 80
músicas foram feitas em sua homenagem por artistas em todo o mundo. Em novembro de
2017 foi homenageado na Berklee College of Music, uma das mais importantes escolas de
música do mundo.
Em 2019 lançou seu mais recente trabalho, um álbum duplo intitulado “Belo Horizonte” de
Toninho Horta e Orquestra Fantasma, vencedor do Grammy Latino 2020 na categoria de
Melhor Álbum de Música Popular Brasileira. A banda que acompanha Toninho Horta há
mais de 30 anos, a Orquestra Fantasma, é composta pelos músicos Yuri Popoff (baixo),
Lena Horta (flauta), Neném (bateria) e André Dequech (piano/teclados). Tais músicos
contribuíram na elaboração dos arranjos para as melodias e harmonias inusitadas, que são
referências de estudo musical para músicos veteranos, mas principalmente para as novas e
futuras gerações de artistas.
Em 2021 Toninho Horta promoveu o Seminário Movimento Musical Além das Montanhas –
um evento sociocultural com cursos musicais, bate-papos e concertos didáticos – todos
com a música mineira e o Clube da Esquina como temas.
